- Eles vivem fixos a rochas ou
a estruturas submersas (e por isso são chamados sésseis), como conchas,
onde podem formar colônias de colorações variadas. Podem ser encontrados desde
as regiões mais rasas das praias até profundidades de aproximadamente 6 mil
metros.
- Esses
animais não possuem
tecidos bem definidos, além de não apresentarem órgãos nem
sistemas. São exclusivamente aquáticos e
predominantemente marinhos, embora
existam algumas espécies que vivem em água doce.
- São acelomados, não tendo uma cavidade interna revestida pelo tecido embrionário.
- São assimétricos ou com simetria radial (nesta há como dividir o corpo da esponja em várias partes iguais).
ALIMENTAÇÃO:
- Obtém
alimento da seguinte forma: a água penetra em seu corpo através dos vários
poros existentes nele, alcançando então uma cavidade central denominada átrio.
A parede do seu corpo é revestida externamente por células achatadas, os pinacócitos,
que formam a epiderme. Internamente, é revestida por células denominadas
coanócitos (‘‘célula funil’’, cada um possui um longo flagelo e
seus batimentos promovem um fluxo de água do ambiente para o átrio do animal).
A essa água estão misturados restos orgânicos e microrganismos que são
capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então
distribuído para as demais células do animal. Como a digestão ocorre no
interior de células, diz-se que os poríferos apresentam digestão
intracelular, já que não possuem enzimas digestivas especializadas (este
filo de animais é o único que possui este tipo de digestão, todos os outros
possuem digestão extracelular). Depois disso, a água com resíduos do
metabolismo desses animais é eliminada para o ambiente por meio de uma
abertura, o ósculo. Eles são animais filtradores, já que filtram
a água que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio.
- Eles
servem de alimento para algumas espécies de animais, como moluscos,
ouriços-do-mar, estrelas-do-mar, peixes e tartarugas.
RESPIRAÇÃO:
- Os poríferos não apresentam um sistema respiratório, cujas trocas gasosas acontecem por meio de difusão.
REPRODUÇÃO:
- A reprodução desses animais pode se dar de forma assexuada ou sexuada. Quando assexuada, pode ser de três maneiras:
Brotamento ou gemiparidade:
Consiste no surgimento de um broto no corpo da esponja, que pode se soltar e
dar origem ao novo indivíduo. Caso não se solte, uma colônia pode ser formada.
Fragmentação: Acontece
com os pequenos fragmentos que se soltam dando origem a novos indivíduos. Isso
acontece devido à capacidade de regeneração das esponjas.
Gemulação: Ocorre
apenas nas esponjas de água doce. No interior do seu corpo formam-se as
gêmulas, estruturas de resistência compostas por células indiferenciadas e
protegidas por um envoltório rígido. Elas se reproduzem assim quando estão numa
situação ruim (o ambiente está com poluição, a temperatura está ruim, etc) e
estão ameaçadas, podendo morrer.
- A
reprodução sexuada é por meio de gametas, formados em células chamadas gonócitos
(derivados dos amebócitos) e saem da esponja pelo ósculo, penetrando em
outra esponja por meio da corrente de água que passa pelos poros. Dessa forma,
são captados pelos coanócitos, transferidos até os óvulos (na mesogleia) que
promovem a fecundação. Haverá um ovo e dele surgirá uma larva de vida livre
ciliada que sairá da esponja e nadará até fixar-se. Por isso, diz-se que há fecundação
interna (encontro dos gametas ocorre dentro do corpo da fêmea) e desenvolvimento
indireto (existe um estágio larval). Esta reprodução contribui para a variabilidade
genética da população e facilita a colonização de outros ambientes por
esses organismos, uma vez que os gametas e as larvas são móveis, podendo estes
nadar para o exterior do animal, o que acaba compensando a falta de mobilidade
do animal adulto.
- A maior
parte das esponjas são hermafroditas, possuindo órgãos sexuais tanto
masculinos quanto femininos.
TIPOS DE ESPONJAS:
- Existem
três tipos estruturas de esponjas que diferem entre si pela
complexidade da parede do corpo.
O tipo ascon
é o mais simples. A parede é fina e possui poros inalantes que se abrem
diretamente na espongiocela. Esta é revestida por coanócitos. As esponjas do
gênero Leucosoleina pertecem a ele (nele o átrio é pequeno e há poucos
coanócitos).
Nas
esponjas do tipo sicon, a parede do corpo é formada por projeções em
forma de dedos. Identificam-se dois tipos de canais: os inalantes e os radiais.
A água penetra pelas camadas radiais, indo para a espongiocela. Os canais
radiais são revestidos internamente por coanócitos (neste tipo há mais
coanócitos e alimento).
No tipo leucon,
a parede do corpo é mais espessa e percorrida por um complicado sistema de
canais. Há canais inalantes e exalantes e, entre eles, câmaras revestidas por
coanócitos. A água penetra pelos canais inalantes, passa por câmaras vibráteis
e vai à espongiocela pelos canais exalantes. As esponjas adultas não se
locomovem. Os poros podem se abrir ou fechar. (há não só um átrio, mas várias
câmaras flageladas).
- As
esponjas produzem toxinas para sua defesa contra predadores, além de que muitas
espécies de animais põem seus ovos e se escondem dentro dos poríferos: se elas
não existissem a população de peixes estaria seriamente comprometida!
*Para saber mais sobre os poríferos, assista ao vídeo abaixo, do Prof Paulo Jubilut:
*Para saber mais sobre os poríferos, assista ao vídeo abaixo, do Prof Paulo Jubilut:
FONTES:
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